domingo, 5 de dezembro de 2010

Poesia para ela


Vou fazer uma poesia para ela, vou procurar as palavras, a inspiração, a êxtase poética, a elevação mais sublime para falar dela.

Ai que poeta ingênuo! Ela é em si mesma a mais torrencial inspiração-êxtase-elevação-poesia.


Sigo eu (ingênuo poeta) olhando-a e vivendo essa necessidade de com ela aprender a ser-chorar-rir-silenciar-viver.

A voz coerente dela me anima, a minha-dela-nossa forma de pensar-nos fala outra língua. Uma língua ininteligível que só poucos, muito poucos, alcançam dar um significado minimamente coerente. Essa minha-dela-nossa capacidade de estarmos conectados é incomensuravelmente transcendente, parece coisa de muitas e muitas vidas passadas que se substancia na vida presente e sinaliza muitas outras vidas futuras. Como talvez diria um tal Caio: doce, uma doçura de amizade-complementaridade-compreensão-alcance-infinitude-saudade.

Vou tentando fazer uma poesia para ela, mas versos não dão conta, textos não dão conta, palavras não dão conta... O mais sublime disso tudo reside na tentativa de se dirigir a um infinito-amor-amigo que por sua natureza escapa a qualquer forma objetiva-subjetiva de expressão.

Preciso tentar uma poesia doce, singela, tranquila, uma canção de amizade dizendo tudo a ela, ou tentando dizer alguma coisa a ela, coisa essa que exprima a minha-dela-nossa intensa-perene-infinita amizade-sentimento. Minha tentativa-canto-texto-poesia é só pra dizer que tudo isso é por ela, para ela, que ela é eixo, norte e sul.

Continuo a tentar fazer essa tal poesia para ela. Para ela.